Por Emanuel Mergulhão
1. A ameaça de aumento da tarifa de ônibus municipal de Macapá para R$ 2,55, proposta pelo SETAP, o Sindicato das Empresas de Transportes Públicos do Amapá. Proposta essa que ainda é inferior a da Prefeitura, que apresenta o valor de R$ 2,75.
2. A melhoria do transporte intermunicipal “Macapá-Santana”, que é monopolizado por duas empresas, com ônibus sucateados e serviços cada vez mais decadentes.
É fato que o valor, que já é abusivo de R$ 1,95, não é revertido em qualidade na prestação de serviços aos usuários! Uma tarifa de R$ 2,55, além de não caber no bolso do estudante, do trabalhador e muito menos neste poema, parafraseando Ferreira Gullar, viria a ser a segunda mais cara do país, num local onde temos um dos piores serviços e estruturas de transporte, logradouros etc.
E, mencionando o transporte intermunicipal, quem é usuário desta linha sabe o que é passar mais de uma hora num ônibus com, no mínimo, 10 anos de uso, com falta de ventilação no clima quente do Amapá e sem as mínimas condições de segurança.
Durante o ato, estudantes expressaram sua indignação às situações apresentadas, cada um com suas características!
O Prefeito de Macapá, Roberto Góes, prestou entrevista ao vivo para uma emissora de rádio na qual ele citou que “tal organização era uma articulação de políticos da oposição que queriam tirá-lo do poder.” Até não causa estranheza vindo isso de um político que já foi HEXA-CASSADO e não tem o mínimo de potencial para gerir um município, muito menos uma capital de estado, que não respeita o estudantes, o trabalhador e a luta por seus direitos!
Sem dúvidas, o ato foi pacífico e, acima de tudo, muito vitorioso, pois lança o indicativo de que o estudante, o trabalhador e todos que sentem na pele o que é ser usuário de transporte público estão organizados e não vão engolir calados esse reajuste que não cabe no nosso bolso!
“Estudante, na rua, SETAP e culpa é tua! Estudante, na rua, PREFEITO a culpa é tua!”
Emanuel Corrêa Mergulhão
Acadêmico de Licenciatura Plena em Matemática da UNIFAP
Militante do Campo Contraponto
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