Por Emanuel Mergulhão

Na madrugada do último domingo, o acadêmico de Ciências Sociais da UNIFAP, Márcio Rafael, foi “acertado” por engano, posso assim dizer. Ele e um amigo seu foram agredidos e ameaçados enquanto voltavam para casa de moto. Dois indivíduos (salve engano foram dois) abordaram ambos com uma pick-up, atropelaram-nos, apontaram-nos uma arma e, depois de alguns socos, perceberam que haviam pegado a pessoa errada. Quem conhece o Márcio poderia encontrá-lo na UNIFAP, esta semana, com sinais da agressão por toda a face.
Um pouco antes disso, durante o Carnaval, o acadêmico de Filosofia da UEAP, Ivanildo, popularmente conhecido como Maniçoba, foi assassinado por engano quando saía do seu trabalho ao amanhecer. Maniçoba trabalhava vendendo comidas típicas em festas, daí o seu apelido.
Infelizmente, a política brasileira ainda tenta ver a solução da violência urbana em medidas como a redução da idade penal ou o aumento das vagas nos presídios. Quem sabe, futuramente, até as estatísticas sejam utilizadas para jogar a culpa na escuridão das madrugadas brasileiras.
“Vivemos num mundo onde precisamos nos esconder para fazer amor, enquanto a violência é praticada em plena luz do dia.” (John Lennon)
Emanuel Mergulhão
Acadêmico de Matemática da UNIFAP
Militante do Campo Contraponto
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