O Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior - ANDES-SN, entidade que dispensa apresentações por sua representatividade combativa e sempre contributiva com os movimentos sociais, realizou hoje, dia 30, no Campus Marco Zero da Universidade Federal do Amapá, uma palestra de tema “Congelamento de Salários: Precarização do Trabalho Docente e Destruição da Universidade Pública”.
O evento contou com o palestrante Luiz Henrique Schuch (UFPEL), ex-Presidente do ANDES-SN, que muito contribuiu, com seu vasto conhecimento, no qual tocou principalmente, entre outros pontos, sobre a proposta do governo de congelamento de salários pelos próximos 10 anos, o gasto anual do orçamento da União de R$ 380 bilhões com “juros e amortização da dívida externa” e apenas R$ 165 bilhões com “pessoal e encargos sociais” e a necessidade de mobilização dos movimentos sociais para pressionar os ataques à classe trabalhadora.
ELEIÇÕES PARA A DIRETORIA DO ANDES-SN
O ANDES-SN também estará realizando, nos próximos dias 11 e 12 de maio, a votação para a eleição de sua nova diretoria. O processo conta com apenas uma chapa homologada apta a concorrer e, aproximadamente, 62 mil professores aptos a votar em todas as seções sindicais pelo país.
A CHAPA 1 ANDES – AUTÔNOMA E DEMOCRÁTICA conta com 83 professores de todas as regiões do país, e, especificamente, com o professores da UNIFAP Alexandre Adalberto Pereira e Arley José Silveira da Costa compondo a chapa nos cargos de 2º Vice-Presidente Regional e 1º Secretário Regional, respectivamente, do ANDES Regional Norte II.
Emanuel Mergulhão
Militante do Campo Contraponto
Acadêmico de Matemática da UNIFAP
O processo de Consulta Prévia foi homologado pelo Conselho Superior da UNIFAP como o resultado oficial, ou seja, sendo vencedora a chapa formada pelo Prof. Tavares, na condição de reitor, e pelo Prof. Filocreão, na condição de vice.
Cabe ressaltar que este processo foi, fundamentalmente, decidido pelos DOCENTES e TÉCNICOS. Isso porque o Conselho Superior da UNIFAP - CONSU, por 18 votos a 12 - dentre os Conselheiros - aprovou o regime de votação denominado "paritário quantitativo" para este processo eleitoral. Com esse método adotado, cada segmento (estudantes, técnicos e docentes) responderia (no futuro do pretérito mesmo!) por 33,33% dos votos CASO NÃO HOUVESSE ABSTENÇÕES, ou seja, proporcionalmente a quantidade que comparecesse às urnas em cada um desses segmentos.
É fato que, sem muita dificuldade, 253 técnicos e 250 professores efetuam seus votos. Já, para 6500 estudantes comparecerem às urnas, é mais difícil. Mesmo tendo ciência disso, 18 Conselheiros do CONSU, incluindo os atuais pró-reitores, utilizando argumentos em defesa deste regime de votação, aprovaram-no.
CONSEQUÊNCIA: 1908 estudantes votaram no processo de eleição e, como houve aproximadamente 4600 faltosos, o segmento estudantil não representou os 33,33% que teria direito, mas apenas 9,66% do resultado final da votação.
2. Lista “Tríplice” encaminhada ao MEC para a escolha do futuro reitor.
3. Novos conselheiros do CONSU por coordenações de cursos.
1. Informação do curso de Secretariado Executivo.
O Conselheiro Mário Teixeira, professor do curso de Secretariado Executivo da UNIFAP, informou que a decisão do colegiado deste curso de transformá-lo em Administração foi revogada. Então, o curso continuará sendo Secretariado Executivo para os acadêmicos que virão.
2. Lista “Tríplice” encaminhada ao MEC para a escolha do futuro reitor.
O CONSU não enviará uma lista tríplice ao MEC, a fim de que este indique o próximo reitor da Universidade para o interstício 2010-2014.
Conforme consensuado pelos Conselheiros, serão enviados apenas os candidatos que disputaram a Consulta Prévia: Professor Dr. José Carlos Tavares Carvalho, tendo o Professor Dr. Antônio Sérgio Monteiro Filocreão como vice; seguido do Professor Dr. Adalberto Carvalho Ribeiro, que tem como vice a Professora Dra. Rosilda Alves da Silva Isla Chamilco.
Alguns questionaram se não haveria vício de legalidade em apresentar apenas dois nomes para compor a Lista (que deveria ser Tríplice), porém tais questionamentos foram prontamente esclarecidos pelo atual reitor, que exemplificou com outras Universidades que também enviaram dois nomes, e até mesmo um, não sendo anulado o processo.
3. Novos conselheiros do CONSU por coordenações de cursos.
As coordenações de cursos indicaram os novos Conselheiros que representarão cada colegiado para a gestão vigente.
COORDENAÇÃO DE ARQUITETURA
TITULAR: Prof. Bianca Moro de Carvalho
SUPLENTE: Prof. Jair José dos Santos Gomes
COORDENAÇÃO DE ARTES
TITULAR: Prof. Maria de Fátima Garcia
SUPLENTE: Prof. Romualdo Rodrigues Palhano
COORDENAÇÃO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS
TITULAR: Prof. Sávio Luís Carmona Santos
SUPLENTE: Prof. Marcos Chagas
COORDENAÇÃO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
TITULAR: Prof. Elizabeth Viana Moraes da Costa
SUPLENTE: Prof. Cristiane Rodrigues Menezes
COORDENAÇÃO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
TITULAR: Prof. Rosinaldo Silva de Souza
SUPLENTE: Prof. Ed Carlos Guimarães
COORDENAÇÃO DE DIREITO
TITULAR: Prof. Helena Cristina Guimarães Queiroz Simões
SUPLENTE: Prof. Daize Fernanda Wagner
COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
TITULAR: Prof. Flávius Augusto Pinto Cunha
SUPLENTE: Prof. Cássia Hack
COORDENAÇÃO DE ENFERMAGEM
TITULAR: Prof. Maria Virgínia Figueira de Assis Mello
SUPLENTE: Prof. Cristiane de Cássia Santos Rodrigues
COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
TITULAR: Prof. Rogério Gaspar de Almeida
SUPLENTE: Prof. Coracy da Silva Fonseca
COORDENAÇÃO DE FARMÁCIA
TITULAR: Prof. Roberto Messias Bezerra
SUPLENTE: Prof. Sheylla Susan Moreira da Silva Almeida
COORDENAÇÃO DE FÍSICA
TITULAR: Prof. Robert Ronald Maguiña Zamora
SUPLENTE: Prof. Henrique Duarte da Fonseca Filho
COORDENAÇÃO DE GEOGRAFIA
TITULAR: Prof. Jean Cláudio Santos Fonseca
SUPLENTE: Prof. Manoel Osvanil Bezerra Bacelar
COORDENAÇÃO DE HISTÓRIA
“Não indicou representante”
COORDENAÇÃO DE LETRAS
TITULAR: Prof. Marha Christina Ferreira Zoni do Nascimento
Às vésperas de uma avaliação da comissão do MEC, o curso de Licenciatura e Bacharelado em Geografia da Universidade Federal do Amapá – UNIFAP vive um triste cenário. Com um déficit de pelo menos 7 professores, 4 laboratórios praticamente inativos, infra-estrutura aquém das necessidades requisitadas pelo curso, matriz curricular desatualizada e muitos outros percalços, os estudantes e professores agora devem conviver com mais um “fantasma”: o possível descredenciamento do curso junto ao Ministério da Educação.
O sentimento de angústia talvez seja o mais compartilhado entre aqueles que sonham com uma geografia melhor. O curso de Geografia mais antigo e conseqüentemente pioneiro no Estado do Amapá está debilitado e pouco tem a oferecer as gerações futuras ou mesmo à sociedade que está além dos muros da universidade. O momento de reflexão martela nas cabeças de todos. A Geografia não deve tornar-se defasada e muito menos obsoleta aos olhos daqueles que a produzem e aos olhos dos que dela precisam para explicar a realidade complexa hoje instaurada.
Geografia de luta
Mesmo nessa conjuntura adversa e com todas as pressões externas, o colegiado de geografia conseguiu aprovar nesse mês, o novo Plano Político Pedagógico (PPP) do curso. Este por sua vez ainda não é o ideal almejado pela comunidade acadêmica do curso, mas certamente apresenta avanços substancias em relação ao atual PPP. O esforço do colegiado certamente será refletido nas novas turmas que entrarão no vestibular 2011 e nas que hoje estão em funcionamento. As primeiras vão poder contar com novas disciplinas e uma grade curricular atualizada, mesmo que minimamente, além de ter a perspectivas de ver funcionar os laboratórios que servem hoje de depósitos.
A tradição e o compromisso que este curso sempre demonstrou com a sociedade amapaense, apontam para uma tomada de posição vinda principalmente do corpo estudantil diante do cenário desfavorável. Colocar os estudantes na luta por melhorias no curso é papel de cada um que compõe a Universidade Federal do Amapá, e principalmente do Movimento Estudantil, na figura do Diretório Central dos Estudantes e mais restritamente ao Centro Acadêmico de Geografia que sempre manteve uma postura combativa e creio que não é nesse momento que será outra a sua postura. Resgatar essa ciência que tem a peculiaridade de transitar entre o mundo natural e o mundo social, em um estado imaturo e problemático como o Amapá é imprescindível.
"O mundo é formado não apenas pelo que já existe, mas pelo que pode efetivamente existir"
Profº Milton Santos
Carliendell Magalhães
Militante do CAMPO CONTRAPONTO
Estudante do curso de Licenciatura e Bacharelado em Geografia – UNIFAP
Ocorreu nos dias 19 e 20 últimos as eleições para a nova diretoria do Centro Acadêmico de História (CAHIS) da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP).O CAHIS é a entidade representativa dos estudantes do cursode História da UNIFAP.
Atualmente sem gestão, a eleição na qual concorreram duas chapas – 01: Não Temos Tempo a Perder e 02: Resgatando Nossa História – foi tranquila, sem bagunças ou problemas maiores.
Compareceram à votação um total de 246 eleitores. Foram um total de 125 votos para a Chapa 01 (na qual eu concorri) e 121 votos para a Chapa 02. Dessa forma, dos 15 membros da gestão do CAHIS, 8 se originarão da Chapa 01 e 7 se originarão da Chapa 02.
Por mais tendenciosa que minha opinião possa ser, por eu ter feito parte da Chapa 01, posso dizer que a gestão 2010-2011 do CAHIS tem tudo para ser uma ótima gestão, sendo pautada pela democracia, diálogo e participação dos acadêmicos do curso na construção de um novo Centro Acadêmico de História. Meus sinceros agradecimentos à todos os que participaram direta ou indiretamente no pleito, seja na organização deste, na militância nas chapas, pela ajuda no material ou simplesmente votando. Sua participação foi muito importante.
Boa gestão a todos!
“Quando o extraordinário se torna cotidiano, é a Revolução.” (Che Guevara)
ESTUDANTE PRESIDIU PROCESSO DE CONSULTA PRÉVIA PARA ESCOLHA DO REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
Abril de 2010
Mais uma vez, a Universidade Federal do Amapá – UNIFAP se deparou com o processo de escolha de seu novo reitor. Dessa vez, para o interstício 2010-2014. Nas universidades federais, tal processo se dá pela elaboração de uma lista tríplice pelo respectivo Conselho Universitário, que é enviada do MEC, este que responsável pela indicação do futuro gestor. Antes disso, realiza-se uma Consulta Prévia na Comunidade Acadêmica, em que realmente ocorre uma votação na Universidade, entre técnico-administrativos, docentes e estudantes, para subsidiar os atos seguintes, o que, normalmente, é respeitado e considerado como o resultado oficial pelos Conselhos e pelo MEC.
Fato inédito neste caso é que o estudante representante do DCE/UNIFAP, escolhido em CEB – Emanuel Corrêa Mergulhão (na foto, ao centro), acadêmico de Licenciatura Plena em Matemática e militante do Campo CONTRAPONTO do movimento estudantil – foi eleito o Presidente da Comissão de Consulta Prévia (usualmente denominada “Comissão Eleitoral”). Comissão esta que era formada, além dele, por: um representante do Sindicato dos Técnicos, um representante do Sindicato dos Docentes, três docentes indicados pela Reitoria, um representante da OAB e um representante do MPF.
À frente da Comissão, Emanuel Mergulhão levou muitas pancadas, sendo derrotado em algumas votações importantes, como a principal delas, o regime de votação adotado, que não agradou e nem tornou democrática a participação do segmento estudantil. Um processo como esse poderia não ser nem um pouco confortável para um militante do movimento estudantil e nada aos estudantes, mas isso não o fez se abster da responsabilidade. O compromisso foi cumprido, em uma correlação de forças ultra desfavorável dentro da Comissão, onde o companheiro soube se impor numa conjuntura em que todos achavam que ele seria engolido pela situação, e acima de tudo garantir, minimamente, a credibilidade do processo.
Podemos concluir desse processo que, com ousadia, o estudante cada vez mais pode se inserir nos espaços de construção da Universidade de forma significativa! Em mais do que cabia a sua responsabilidade, o representante do DCE/UNIFAP cumpriu com êxito. Até o fim do processo, nosso representante lutou, sem desistir, para levar os anseios dos estudantes à discussão. Foi muito valorosa a sua participação, no sentido de deixar claro pra toda a cúpula da UNIFAP que não estamos de passagem no Movimento Estudantil e tão pouco encaramos isso como brincadeira!Não estamos brincando de militar, somos militantes e queremos um mundo melhor, sim!
“Não aceiteis o que é hábito, nada deve parecer impossível de mudar!”
É impressionante como Macapá é a terra do não pode!!!!!!! Não se pode discutir, ou reclamar, nem pensar, não se pode nada!!!!!!!!! E ao mesmo tempo é a terra onde tudo se pode, se você for um “apadrinhado” de um politiqueiro influente, ou empresário, ai se vive bem e impune, pois, está se criando um muro social e econômico na cidade, entre as zonas norte e sul, ou se enjaula os pobres em contêineres, e ainda dizem ser um plano “habitacional”, água para a zona norte está em vias de ser completamente cortada, esgoto, não tem na cidade inteira...
Então não se vive, tenta-se sobreviver, olha está aí algo que a população pode fazer, sobreviver, sobreviver e calada, direitos como educação, cultura e lazer, esqueçam, até mesmo o direito de Ir e Vir está por ser limitado, con(sobre)vive-se com a expectativa do abuso que vai ser o aumento da passagem de ônibus, e depois o que virá, extermínio.....
Então, aqueles que não aceitam as rédeas impostas por esta lógica que não faz muito sentido ou sentido algum, GRITAM no vácuo, sem muitas esperanças, afinal estamos na idade mídia, onde o pensar e o agir são ditados no radio na tv na internet, use-a como ferramenta de cultura e não como um meio de bestificar-se, e os que gritam sofrem de uma opressão violenta, são os “MARGINAIS, VANDALOS, VAGABUNDOS”, entre outros, talvez este seja o preço por lutar por melhorias lute, nunca desista, mas quem não quer ouvir criticas ou acusações não deve se expor.
Então, organizados lutarmos por nossos direitos, não acredite na mídia porque nós não nos calaremos, e mesmos mudos nossas idéias se propagaram.
Pois “cego é aquele que só vê onde a visão alcança”