segunda-feira, 19 de julho de 2010

Caso Setap!

"Os cidadãos travam uma verdadeira batalha de resistência para garantir um benefício que é seu por direito" palavras foram usadas pelo colunista da Tribuna Amapaense na ultima edição do jornal. Parecia início de ano, que a população amapaense vai no Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Amapá (SETAP) passando sol ou chuva em filas quilomêtricas para cadastrar e recadastrar seus cartões de passe, mas dessa vez foi no ultimo dia 12 de julho, onde a população novamente formou filas em frente ao sindicato, que teve algo inovador, diversos usuários chegaram de madrugada para marcar a sua vez para incluir seus cartões no novo sistema de bilhetagem eletrônica, implantado em Macapá no ultimo dia 10 deste mês.

A partir da implantação do sistema de bilhetagem, o estudante que tem direito a meia-passagem, apresentará a nova carteira no ônibus e pagará a metade da passagem na catraca.

O Procon/AP entrou com uma ação a favor dos usuários de transporte coletivo, na manhã do dia 14/07, alegando que é ridículo a situação em que os usuários estão passando.

A EMTU fez uma tentativa que não foi bem sucedida, tentaram retomar aos passes de papel, que seriam trocados nos postos feitos exclusivamente para esse fim, e os cobradores dos ônibus por desconhecer, ou talvez por ordem do SETAP de não aceitar outro tipo de bilhetagem, não puderam aceitar os passes de papel da EMTU.

Conseguimos perceber que este novo sistema de bilhetagem, já em sua implantação, começa deficiente, e se os rumos continuarem sendo esses a tendência é só piorar, acredito que a solução para este problema, é sim a tomada do serviço pelo poder público, a ser executado pela EMTU, ou por qualquer outro orgão do governo, podendo ser descentralizado, e de facil implantação nos super-facil que tem em Macapá e Santana, ou até abrir outros pólos exclusivos para emissão de bilhatagem.

Devemos pensar também que o problema do transporte público em Macapá não se resume apenas em bilhetagem eletrônica - apenas o estopim das indignações da população usuária do transporte coletivo - temos também a precáriedade dos ônibus que trafegam em Macapá e Santana, o problema de nossas ruas, as rotas que deixam de contemplar alguns bairros da cidade.

"Sempre há flores para aqueles que querem vê-las." (Henri Matisse)


Max Douglas
Estudante de Filosofia da UEAP
Militante do Contraponto Amapá
Secretário Geral DCE-UEAP

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