por Carliendell Magalhães
O diretor da
Empresa Municipal de Transportes Urbanos (EMTU) do município de Macapá, Sr.
Haroldo Matos, em entrevista ao Jornal do Amapá nesta segunda (12), comentou a
situação do atual sistema de bilhetagem eletrônica, implementado pelo SETAP
(Sindicato das Empresas de Transporte do Amapá) a partir do dia 10 deste mês.
Entre os diversos problemas apresentados por Haroldo está principalmente a falta de sincronia entre o Sindicato e a
administração pública municipal. Haroldo afirmou que a entidade
representativa das empresas pouco ou nada cumpre com os acordos firmados com o
município. Esse problema implica na livre atuação das empresas no que diz respeito
ao gerenciamento e execução do serviço de meia passagem no município; EMTU e a
própria prefeitura de Macapá desconhecem os dados com os quais lida o SETAP,
além de não ter o mínimo controle sobre o Sindicato das Empresas.
Ele
ressaltou ainda, que os transtornos enfrentados pelos estudantes todo início de ano,
em filas monstruosas e as situações constrangedoras quando em época de cadastrato e recadastramento, são absurdos. Para ele, esses acontecimentos denotam a total incapacidade
do SETAP em gerenciar os serviços que hoje são oferecidos por este último. Para
ilustrar, o diretor da EMTU utilizou o exemplo dos cartões de meia-passagem, segundo Haroldo, nem 1/3 dos cartões solicitados foram
confeccionados ainda. Quando perguntado quanto ao posicionamento da
administração pública municipal com relação a essa postura tomada pelo
sindicato, Haroldo argumentou que ambos - prefeitura e EMTU - encontram-se “de
mãos atadas”, mas que já buscam, por vias judiciais, retirar do SETAP a
concessão dos serviços que deveriam ser efetuados pela Prefeitura, mas que hoje
estão na mão dos empresários.
O
notório caos do serviço de transporte coletivo amapaense está expresso nas
declarações de Haroldo Matos, num Estado que parece não existir lei alguma, a
administração pública coaduna com a classe empresarial vitimando milhares de
usuários do transporte público e
descaradamente posa de vítima nos meios de comunicação. No Amapá, empresas de
ônibus são um dos principais financiadores de campanhas eleitorais. E nesse jogo de interesses individuais,
barganha-se com os direitos da população.
Fica,
então, a pergunta: até quando?
Carliendell Magalhães
Estudante do Curso de Geografia – UNIFAP
Coordenador Geral do DCE/UNIFAP – Gestão Somos Tod@os DCE
Militante do Campo ContrAPonto
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