segunda-feira, 12 de julho de 2010

Caso SETAP, o caos do serviço de Bilhetagem Eletrônica

por Carliendell Magalhães
O diretor da Empresa Municipal de Transportes Urbanos (EMTU) do município de Macapá, Sr. Haroldo Matos, em entrevista ao Jornal do Amapá nesta segunda (12), comentou a situação do atual sistema de bilhetagem eletrônica, implementado pelo SETAP (Sindicato das Empresas de Transporte do Amapá) a partir do dia 10 deste mês. Entre os diversos problemas apresentados por Haroldo está principalmente a falta de sincronia entre o Sindicato e a administração pública municipal. Haroldo afirmou que a entidade representativa das empresas pouco ou nada cumpre com os acordos firmados com o município. Esse problema implica na livre atuação das empresas no que diz respeito ao gerenciamento e execução do serviço de meia passagem no município; EMTU e a própria prefeitura de Macapá desconhecem os dados com os quais lida o SETAP, além de não ter o mínimo controle sobre o Sindicato das Empresas.
                Ele ressaltou ainda, que os transtornos enfrentados pelos estudantes todo início de ano, em filas monstruosas e as situações constrangedoras quando em época de cadastrato e recadastramento, são  absurdos. Para ele, esses acontecimentos denotam a total incapacidade do SETAP em gerenciar os serviços que hoje são oferecidos por este último. Para ilustrar, o diretor da EMTU utilizou o exemplo dos cartões de meia-passagem, segundo Haroldo, nem 1/3 dos cartões solicitados foram confeccionados ainda. Quando perguntado quanto ao posicionamento da administração pública municipal com relação a essa postura tomada pelo sindicato, Haroldo argumentou que ambos - prefeitura e EMTU - encontram-se “de mãos atadas”, mas que já buscam, por vias judiciais, retirar do SETAP a concessão dos serviços que deveriam ser efetuados pela Prefeitura, mas que hoje estão na mão dos empresários.
                O notório caos do serviço de transporte coletivo amapaense está expresso nas declarações de Haroldo Matos, num Estado que parece não existir lei alguma, a administração pública coaduna com a classe empresarial vitimando milhares de usuários do transporte público  e descaradamente posa de vítima nos meios de comunicação. No Amapá, empresas de ônibus são um dos principais financiadores de campanhas eleitorais. E nesse jogo de interesses individuais, barganha-se com os direitos da população. 
                Fica, então, a pergunta: até quando?
Carliendell Magalhães
Estudante do Curso de Geografia – UNIFAP
Coordenador Geral do DCE/UNIFAP – Gestão Somos Tod@os DCE
Militante do Campo ContrAPonto

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